Lanchinho?

Cobra devora lagarto em praia de Niterói; veja o vídeo

Caso foi registrado por banhistas que estavam no local

Caso foi registrado por banhistas
Caso foi registrado por banhistas |  Foto: Reprodução
 

Uma cobra apareceu engolindo um lagarto na Praia de Itacoatiara, em Niterói. Imagens do momento foram registradas por banhistas, que testemunharam o fato. 

No vídeo, é possível ver a cobra enrolada no réptil, enquanto desfere mordidas. Em volta, banhistas continuavam curtindo a praia como se nada estivesse acontecendo. 

  

"Cobrinha tranquilamente fazendo sua refeição, e a galera tomando banho de praia. Tá ruim?", diz o autor do vídeo na gravação.

De acordo com o biólogo e divulgador científico Claudio Machado, a cobra é uma jiboia e o lagarto, um Teiú. Os animais não apresentam nenhum risco.

"Ambos são animais silvestres que vivem próximo às residências porque cada vez tiramos mais o ambiente natural delas. Então, cenas como essas são comuns e a tendência é que a gente, cada vez mais, observe isso. Primeiro porque acontece perto da gente e, agora, todo mundo tem um celular para registrar e as redes sociais acabam amplificando", explica.

Mas o especialista salienta os cuidados: "Jiboias podem morder se forem molestadas. É a forma de defesa delas e não de ataque. Então, se encontrar uma jiboia ou qualquer outra cobra na propriedade, é bom contatar autoridades para fazer a remoção. É um ato de segurança para a própria cobra, que será devolvida para seu habitat natural". 

A Prefeitura de Niterói informou que não houve acionamento das equipes ambientais para o caso. Segundo o órgão, de janeiro a março deste ano foram capturadas 92 serpentes em residências na cidade. A grande maioria na Região Oceânica.

A Coordenadoria diz ainda que as altas temperaturas no estado fazem com que as serpentes busquem lugares com mais sombras e acabam se deslocando para as residências. Por este motivo, diariamente a CMA realiza patrulhamentos nas áreas verdes da cidade com a finalidade também de coibir construções irregulares que possam ser de risco ou que favoreçam abrigo aos animais.

A Guarda orienta também os moradores a entrarem em contato com o número 153 sempre que encontrarem um animal silvestre, para que as equipes possam fazer o resgate de forma segura.

“A recomendação é não se aproximar e evitar alimentar o animal até a chegada dos agentes, que são treinados nesse tipo de ação. No caso específico de serpentes, não devem se aproximar de jeito nenhum, pois nunca se sabe se são venenosas”, explica Renato Macedo, coordenador da guarda ambiental.

O grupamento ambiental participa regularmente de cursos ministrados pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pelo Centro de Controle de Zoonoses de Niterói e pelo Instituto Vital Brazil em diversas áreas, como resgate, segurança e meio ambiente, contato com a fauna silvestre urbana, animais peçonhentos, entre outros.

Reintegração

A Guarda Ambiental tem um procedimento para cada tipo de demanda. Após serem acionados, os agentes capturaram o animal que, logo em seguida, teve suas condições físicas avaliadas pela equipe. Caso não apresente nenhum tipo de ferimento, é reintegrado à unidade de conservação mais próxima.

Já os que foram capturados e apresentam algum tipo de ferimento são encaminhados para instituições como o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), que fica em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio; Econservation, empresa de estudos e projetos ambientais, Centro de Triagens de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica; ou Instituto Vital Brazil, quando é o caso de cobra venenosa.

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